quinta-feira, 31 de maio de 2018

* A PRIMEIRA COMUNHÃO *



GRAÇAS PELO DIA DA PRIMEIRA COMUNHÃO DA BENEDITA

Jesus,
no dia da minha Primeira Comunhão,
dou-Te graças pela Vida que me concedeste,
e pela alegria de Te receber no meu coração.
Que este dia fique guardado na minha memória e
o meu entendimento vá percebendo, a cada dia
melhor,
o que significa ter-Te em mim.
Hoje dou-Te graças por tudo o que de bom em
mim acontece:
os meus pais e o meu irmão,
os meus amigos e família,
aqueles com quem brinco, com quem falo e com
quem aprendo.
Hoje peço-Te que me ajudes a ser melhor e a
perceber o que queres de mim.
Que eu aprenda a conhecer-Te e a amar-Te mais
e que a vida de comunhão que hoje se renova
me ajude a compreender o
quanto és importante para mim.
Obrigada Jesus, por seres meu amigo.
Obrigada Jesus, por gostares de mim.
Obrigada Maria, minha doce mãe.

31 de Maio de 2018
(adaptado do texto do Frei Filipe)



quarta-feira, 16 de maio de 2018

* LUÍSA *


Há dias que nascem para nos tornarem melhores e mais felizes.
Hoje o dia nasceu bom... muito bom.
Bem-vinda minha Luísa.

terça-feira, 1 de maio de 2018

* 25 DE ABRIL SEMPRE *



Exmo. Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia e restante Mesa
Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia e membros do Executivo
Exmos. Srs. Deputados da Assembleia de Freguesia
Exmas. Autoridades civis, militares e religiosas
Exma. Senhora Provedora do Cidadão Avintense
Exmos. Convidados
Minhas Senhoras e meus Senhores
Ilustres Crianças,

Quando fui indicada para fazer esta intervenção, não hesitei um segundo em aceitar embora tenha pensado sobre o que poderia alguém que nasceu já em plena Liberdade aqui falar.
Não cresci ao sabor do medo, não vivi a guerra colonial, nem sequer sei quais os efeitos da censura.
Nunca me foi recusada a leitura de nenhum livro e a minha curiosidade sempre se manifestou em imensas perguntas e opiniões. Opiniões livres e minhas.
O 25 de Abril de 1974 não foi, sequer, o dia mais feliz da minha Vida, mas sei que as consequências desse dia me permitem viver tantos e tantos dias felizes.
Reflectir sobre a revolução de 1974 é, por isso, um exercício mental atual e interessante principalmente para aqueles que nasceram anos depois daquele dia.
O 25 de Abril foi o dia de uma revolução. Neste dia conquistou-se a Liberdade!
Todos nós temos alguém da nossa família ou conhecemos alguém que sofreu as amarguras do Estado Novo, que “fugiu” de Portugal por se recusar combater numa guerra cujas “vestes não queriam vestir”.
É importante não esquecer estes homens e mulheres que foram perseguidos, presos e mesmo mortos mas que sempre ousaram sonhar com o mais belo presente que nos poderiam deixar: a Liberdade.
Chamada a Revolução dos Cravos pois segundo se conta, Celeste Caeiro, que trabalhava num restaurante na Rua Braancamp de Lisboa, terá iniciado a distribuição dos cravos vermelhos pelos populares que os ofereceram aos soldados. E estes colocaram-nos nos canos das espingardas. Aliás, uma das mais célebres imagens deste dia retrata uma criança colocando uma dessas flores no cano de um fuzil.
Depois de Abril de 1974 foram inúmeros os preconceitos e tabus quebrados; a Mulher tornou-se cidadã, ganhou o direito de votar, ganhou a possibilidade de estar aqui hoje, junto de todos vós, sem medo de ser escutada. Sem isso, era impossível estarmos aqui todos hoje, tal como estamos, com as nossas diferenças, mas com imenso respeito por essas mesmas diferenças.
Celebrar este Dia, que se repete a cada ano, a cada Abril, é não esquecer as conquistas que são de todos, tais como a criação do Salário Mínimo Nacional que beneficiou, na altura, cerca de metade dos trabalhadores portugueses, que passaram a ganhar 3300 escudos por mês (o equivalente hoje a 16,5 euros) e melhorando assim as suas condições de vida; a redução do horário de trabalho e a sua regulamentação, o direito a férias pagas, a Escola Pública, a Segurança Social e o Serviço Nacional de Saúde; o acesso à Justiça e a serviços públicos de qualidade.
Celebrar este Dia é fundamental para que todos aqueles que nasceram em plena democracia e Liberdade saibam continuar a lutar pelos seus direitos. Possam continuar a sonhar as oportunidades que nos foram oferecidas e que custaram muitos filhos a muitas mães, muitos avôs a muitos netos.
“E faz sentido continuar a celebrar este dia?”
São inúmeras as vozes que se erguem dizendo que não.
Discordamos, pois defendemos que a celebração do 25 de Abril servirá para nos lembrar que a Liberdade é uma conquista de todos os dias; porque a Liberdade embora nos tenha sido oferecida (a todos os que nasceram depois dela) continua a ser uma conquista diária e que tem que ser construída por todos e para todos.
É importante reconhecermos que não se pode invocar a liberdade sem respeitarmos o próximo.
Exemplo disto é o exercício da liberdade de expressão.
Este que é um dos muitos direitos constitucionalmente consagrados e que tem sido utilizado para ofender e julgar quem nos rodeia, quem nos governa, quem nos ensina, quem nos alimenta, principalmente nas redes sociais que proliferam nestes dias.
É preciso restaurar princípios, é preciso perceber “quanto custou a liberdade”!
Não podemos esquecer que Liberdade também significa Responsabilidade e que a Liberdade de cada um de nós cessa quando começa a do outro.
Em Democracia deve haver liberdade no exercício do direito de dizer aos outros o que eles não querem ouvir mas sempre com a noção de responsabilidade. Pois cada um de nós tem o dever de contribuir para o aperfeiçoamento do sistema vigente que nos rege, melhorando-o dia após dia.
Mas cada um de nós tem que assumir a responsabilidade daquilo que diz e daquilo que faz “em nome da liberdade” e deverá sempre respeitar o próximo da mesma forma que exige respeito para si próprio.
Infelizmente, vemos muitas vezes que não é isso o que sucede e assistimos quase diariamente a quem fala e escreve em total liberdade sem possuírem um mínimo de responsabilidade e de respeito pelos outros.
Para estes, o 25 de Abril ainda não cumpriu a sua missão.
Não é fácil, mas deveria ser, para alguém que nasceu muito depois de 1974 perceber a dádiva do que nos foi possibilitado.
É certo que podemos ler nos livros ou ver em alguns documentários televisivos, mas muitas destas pessoas, tal como eu, quando nasceram puderam gritar livres para o País que as viu nascer e têm por isso que saber respeitar as memórias de quem viveu antes de nós.
Hoje comemoramos aqui o quadragésimo quarto aniversário daquele que terá sido porventura o acontecimento da História de Portugal que se perpetuará na memória dos portugueses e na História de todos os países e povos que pertenceram outrora ao nosso País.
É por isto, que todos os obstáculos que a Liberdade encontra diariamente e que sempre vai encontrar, que a memória do 25 de Abril deve ser continuamente celebrada. A memória daqueles que nos merecem tanto respeito quanto nos merece aquele que temos pela Liberdade e pela Democracia e pelo legado dos que nos permitiram isso.
E como diz Alexandre Honrado “Memórias são coisas que ficam do tempo que passa. Coisas que recordamos. Há muitos anos, um dia cheio de vontade de mudar as nossas vidas ficou para vir a ser uma memória. A tua memória. A memória de todos nós. Falo do 25 de Abril do ano de 1974. Foi há muitos anos, mas o que aconteceu continua a ser tão importante, que vale a pena ir à História para contar esta história. Foi o dia de uma Revolução. Mas uma revolução em que as flores foram mais fortes que toda a força do Mundo. Sem este dia não podíamos viver a Liberdade. Nem gritar Viva a Liberdade. Foi um dia de abrir novas memórias.”

Viva a Liberdade.
Viva Avintes.
Viva Portugal.
25 de Abril Sempre

Avintes, 24/04/2018                                       
                                                                                                           Daniela Castro.

*texto que redigi para discursar em representação do Partido Socialista de Avintes na Sessão Solene do 44° Aniversário do 25 de Abril de 1974